“ Os que são ensinados resplandecerão como o resplendor do firmamento e os que ensinam a muitos a justiça serão como estrela por toda a eternidade.”

Daniel: 12;3

Projeto " Apredendo a se prevenir, sexualidade na adolescência"


MARINEUZA DOS SANTOS LOPES
SIRLENE CUSTÓDIO DA SILVA

1- Tema: PROJETO APRENDENDO A SE PREVINIR
“SEXUALIDADE NA ADOLESCÊNCIA”

2 - OBJETIVOS
Orientar os alunos quando a necessidade de um aprofundamento no estudo da sexualidade, como forma de prevenção DST.
2.2 - OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
Ø  Trabalhar através de palestras as principais doenças sexualmente transmissíveis e as formas de prevenções.
Ø  Sensibilizar os educandos por meio da reflexão sobre as conseqüências do uso indevido das drogas.
Ø  Trabalhar as principais formas de prevenção da gravidez não desejada.
Ø  Sensibilizar os adolescentes quanto a importância de um planejamento familiar.
Ø  Abordar as conseqüências de uma gravidez na adolescência.
3 - JUSTIFICATIVA:
Existe uma necessidade no curso de Pedagogia da UNESC (União das Escolas Superiores de Cacoal), onde nós acadêmicas devemos cumprir uma carga horária referente ao estágio supervisionado. Regendo aulas nos anos finais do ensino fundamental e médio, Partindo deste pressuposto e observando a realidade de nossos adolescentes, onde os mesmos não possuem a conhecimento e a consciência sobre sua sexualidade e as conseqüências de ações impensadas e de forma não responsável, propomos o presente projeto para pôr a par dos riscos que correm nesse período da vida.
Estamos vivenciando um momento onde os adolescentes não têm limites, não assumindo responsabilidade por seus atos, onde a cada dia aumenta o índice de doenças sexualmente transmissíveis e a gravidez indesejada em jovens cada vez mais precoces. Muitos adolescentes entram para o mundo das drogas, influenciados por outras pessoas, sem ter consciência que esse caminho poderá não ter volta, isto ocorre muitas vezes por falta de orientação por parte dos pais, da escola e da própria sociedade. Temos como sexualidade e drogas não estão inseridas no currículo da escola, embora os PCN, s (Parâmetros Curriculares Nacionais) deixe claro que este conteúdo deve ser trabalhado na escola, como dos temas transversais, sendo, portanto responsabilidade de todos os professores abordarem o mesmo, não importando a disciplina que ministre. De acordo com os PCN, s.
“Informar é importante, mas não suficiente para mudar comportamentos. Os preconceitos impedem a utilização de informações, a adoção de comportamentos preventivos, o exercício da liberdade e relacionamento de
igualdade entre os gêneros. Por isso, muitos adolescentes encontram dificuldade em processar os conhecimentos recebidos; outros, devido a medos e conflitos, não conseguem utilizá-los adequadamente”.

Nem sempre é fácil conversar sobre sexo, o que envolve explicitar o próprio desejo, discutir métodos anticoncepcionais, mudanças de conceito e comportamento como a necessidade de introduzir o uso da camisinha no relacionamento sexual. A dinâmica do diálogo possibilita ao adolescente superar a vergonha, torna-o capaz de tomar decisões e assumi-las em relacionamentos sexuais, reconhecendo os próprios limites e desejos e o respeitando pelo outro.

4 - FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA:
Segundo os PCN, s as crianças adolescentes trazem noções e emoções sobre o sexo, adquiridas em casa, em suas vivencias e suas relações pessoais, além que recebem dos meios de comunicação.
            A escola deve considerar este repertório e possibilitar reflexão e debate, para que os alunos construam suas opiniões, façam suas escolhas, facilitando a formação de sua personalidade. A escola contemporânea necessita quebrar alguns tabus, precisa tratar da sexualidade como algo fundamental e necessária na vida das pessoas.
            O tema sexualidade tem sido uma questão polemica e ampla marcada pela cultura e pela evolução social.
            A escola como instituição educativa, comprometida com a formação na vida para a vida, tem a responsabilidade te promover uma educação que permita ao homem, se reconhecer como ser assexuado e precisa aprender a vivenciar de forma responsável sua sexualidade.
A educação deve ser promovida em parceria, pois;
                                 “A escola não substitui nem concorre com a família, mas possibilita a discussão de diferentes pontos de vista associados a sexualidade sem a imposição de valores. Em nenhuma situação cabe a escola julgar a educação que cada família oferece a seus filhos. Como um processo de intervenção pedagógica, tem por objetivo transmitir informações e problematizar questões relacionadas a sexualidade, incluindo posturas, crenças, tabus e valores a ela associados, sem invadir a intimidade nem direcionar o comportamento dos alunos”. (pg. 67).
As doenças sexualmente transmissíveis são infecções causadas por germes que se instalam dentro, ou perto dos órgãos genitais ou partes do corpo utilizado no relacionamento sexual. Estas doenças passam de uma pessoa para outra através do contato sexual, quando tais micróbios se instalam no corpo e multiplica-se rapidamente que sem a ajuda, os organismos não conseguem combatê-los. 
Através das experiências, atitudes e informações recebidas em relação ao sexo, cada um de nós se encontra inserido, mesmo que não o perceba, num processo de educação sexual. Ela ocorre de maneira informal e nos permite incorporar valores, símbolos, preconceitos e ideologias. As vivências de cada um vão moldando  uma visão muito particular sobre sexualidade que pode ser mais rígida ou liberal, severa ou lúdica, dependendo da experiência ou influência. Não se vivem os mesmo valores nas diversas etapas da vida. O que se vivencia na fase infantil é sentido e avaliado de forma diferente na juventude, na idade madura e na velhice.
Uma família que não demonstra afeto, que não se toca, que não dá atenção às inquietações da criança, que reage agressivamente a toda cena sensual que apresenta na TV, está ensinando que sexo é feio, sujo e proibido. Já uma família que trate a sexualidade de forma mais positiva, transmitirá esse valor aos filhos. A partir daquilo que a família provê, de sua carga genética e da sociedade na qual convive, a pessoa vai fazendo suas experiência e escolhas. Através da relação com os pais, o ser humano adquire a capacidade amorosa e erótica que amadurece no decorrer da vida. Essa experiência é insubstituível. Uma mãe capaz de proximidade física, com seu bebê, possibilitará para ele o desenvolvimento da capacidade de ter prazer físico e intimidade afetiva com outro ser humano.
O contato cotidiano da criança com os pais, o processo de socialização que se segue, a influencia da mídia e dos grupos socais faz parte da educação sexual. A educação sexual, portanto é um processo de vida, que permite ao indivíduo se modificar, ou não, e só termina com a morte.
Um espaço privilegiado para abordar o tema sexualidade é certamente a escola, já que a Orientação Sexual é uma intervenção pedagógica que favorece a reflexão mediante a problematização de temas polêmicos e permite a ampla liberdade de expressão, num clima de respeito. Vínculos significativos entre alunos e professores podem originar, para além da aquisição de informação, efeitos psicológicos tais como uma maior consciência de sua autonomia pessoal e, ao longo do processo pedagógico, uma melhor compreensão dos movimentos políticos e culturais envolvendo a sexualidade.
Sem a mudança de estereótipos, muito pouco vai mudar o conceito referente a sexualidade. Enquanto os pais não se sentirem à vontade com sua sexualidade nem responsáveis pela educação sexual de seus filhos, enquanto as escolas não assumirem decididamente um programa de Orientação Sexual e enquanto os serviços de saúde não atenderem adequadamente a essa área, os indivíduos da nossa cultura e sociedade estarão vivendo um empobrecimento da sexualidade. Não desenvolverão o potencial de felicidade a que tem direito.
”A sexualidade é um elemento importante para análise e compreensão da dinâmica do adolescente. As mudanças físicas incluem alterações hormonais que muitas vezes provocam estados de excitação incontroláveis. Surge então uma intensificação da atividade masturba tória. Nessa fase também ocorre à consolidação do tipo de atração sexual vivida pelo individuo; são pertinentes as explorações da atração e das fantasias sexuais com pessoas do mesmo sexo ou do sexo oposto. As experiências desse tipo de vínculo têm relação com a rapidez e a intensidade da formação e separação de pares amorosos entre os adolescentes”.
A escola deve contribuir para a formação de uma auto-imagem positiva que possibilite aos adolescentes vivenciar sua sexualidade de forma mais espontânea e responsável enquanto possibilidade de vida em todos nós. Cada um é de um jeito e existe beleza nesta forma específica de ser. A adolescência é uma fase onde os jovens se acham estranho quando se olham no espelho, devido às espinhas que surgem, os membros do corpo mudam, a cada dia surge uma mudança no corpo humano, é uma fase bastante conflituosa, por isso necessita de atenção e maior compreensão pelos adultos. 
Visando o que hoje se sabe, existem mais de trinta agentes que podem ser transmitidos durante o contato sexual. As clássicas doenças venéreas que se enquadram no âmbito das doenças sexualmente transmissíveis são: a sífilis, gonorréia, cancro mole, linfogranuloma venéreo e donovanose.
Uma das doenças mais graves transmitidas através da relação sexual é a AIDS que quer dizer Síndrome que é conjunto de sinais e sintomas que se apresentam simultaneamente. Imune que se refere ao sistema imunológico, quer dizer, o sistema de defesa do organismo contra as doenças. Deficiência que indica falta ou carência de alguma coisa, no caso, refere-se ao enfraquecimento imunológico. Adquirida quer dizer não é uma condição genética ou hereditária, mas sim é adquirida depois da concepção, em conseqüência de ações especificas.
A primeira vez de um adolescente é um tema importante, pois se constata que muitos adolescentes iniciam suas relações sexuais sem observar os cuidados necessários. Um dos objetivos da Orientação Sexual é contribuir para comportamentos de proteção à saúde sexual e emocional do adolescente. Esse assunto traz desencadeamento de temas como anticoncepção, aborto, gravidez na adolescência, relação de gênero, corpo.
O desconhecimento do ato sexual remete a fantasia, que são distintas em meninos e meninas. Os meninos são alvo de pressão social acerca do desempenho sexual e, portanto pode viver dúvidas angustiantes em ter ou não ereção. Muitos como é possível saber se a mulher esta gostando das relações amorosas; ou se preocupam se vão acertar a vagina: uma minoria se preocupa com doenças sexualmente transmissíveis.
É importante que o rapaz e a menina tenham autonomia na decisão quanto ao seu momento para iniciar a vida sexual, ele não precisa ser igual aos colegas, parentes ou qualquer outra pessoa. Para isso, a discussão do tema deve garantir a compreensão dos fatores de risco, eles se referem à situação que impedem o jovem de realizar metas desejáveis. Para evitar que isso ocorra, é necessário refletir sobre fatores de proteção compatíveis. Tal reflexão ajuda a pensar o planejamento de vida e cria condições favoráveis para o desenvolvimento do trabalho.
No desenvolvimento deste projeto iremos conscientizar os adolescentes utilizando os conteúdos a seguir:
DST – São doenças causadas por vírus, bactérias ou outros micróbios. Transmitem-se principalmente nas relações sexuais.
As DST – doenças sexualmente transmissíveis é um grave problema de saúde porque facilitam a transmissão do HIV, quando não diagnosticadas e tratadas a tempo, podem levar a pessoa portadora a ter complicações graves e até a morte.

GONORRÉIA E CLAMÍDIA–
Conceito-
Doença infecto-contagiosa que se caracteriza pela presença de abundante secreção (corrimento) purulenta pela uretra no homem e vagina e/ou uretra na mulher. Este quadro freqüentemente é precedido por prurido (coceira) na uretra e disúria (ardência miccional). Em alguns casos podem ocorrer sintomas gerais, como a febre. Nas mulheres os sintomas são mais brandos ou podem estar ausentes (maioria dos casos).
Na Mulher – Sintomas:
- Secreções vaginais espessa, amarelas ou brancas.
- Ardência ou dor ao urinar ao defecar.
- Uma dor mais intensa que a de costume, durante menstruação.
- Cólicas e dores na parte do abdômen.
- Existem mulheres infectadas que não apresentam sintomas, podendo ter corrimento vaginal sem cheiro e sem coceira.
- Nas gestantes, podem ser transmitidas no parto, causando cegueira no bebe.
No Homem
- Uma secreção espessa, amarela ou branca, que sai do pênis.
- Ardência ou dor ao urinar ou defecar.
Como se pega?
Durante relações sexuais quanto oral e anal.
VAGINITE
A vaginite é uma inflamação do revestimento da vagina. A vulvite é uma inflamação da vulva (os órgãos genitais externos da mulher). A vulvovaginite é uma inflamação da vulva e da vagina. Nessas doenças, os tecidos inflamam e, algumas vezes, acarretam a produção de uma secreção vaginal. As causas incluem infecções, substâncias irritantes ou objetos, tumores ou outra formação anormal, radioterapia, medicamentos e alterações hormonais.
A má higiene pessoal pode contribuir para o crescimento de bactérias e fungos, assim como causar irritação. As fezes podem penetrar na área através de uma fístula (passagem anormal) do intestino à vagina, acarretando uma vaginite. Durante os anos reprodutivos da mulher, as alterações hormonais podem produzir uma secreção normal aquosa, mucosa ou branco leitosa, que varia de quantidade e de tipo de acordo com as diferentes fases do ciclo menstrual.
Sintomas –
- Ardência, irritação ou dor na vagina.
- Secreção vaginal mais abundante do que o normal.
- Secreção vaginal com mau cheiro.
- algumas mulheres não apresentam sintomas, mesmo que tenham a infecção.
Como se pega:
- Durante relações sexuais, pela gravidez, pelas pílulas anticoncepcionais, menstruação ou pela diabete.
- A pessoa infectada se não fizer o tratamento pode passar ao parceiro, nos homens, a próstata e a uretra podem ser infectadas.
CANCRO MOLE
CONCEITO -
O Cancro Mole (também conhecido como Cancroide ou Cancro Venéreo) é uma Doença Sexualmente Transmissível (DST) causada pela bactéria Hemophilus ducreyi. Podendo afetar homens e mulheres.
Sintomas:
- Aparecem feridas dolorosas com pus nos órgãos sexuais, dor, ínguas e caroços na virilha;
- Na mulher a ferida pode não estar visível, mas há dor nas relações sexuais, ao evacuar, e também o aparecimento de corrimento.
- Feridas dolorosas e com pus nos órgãos genitais.
- É mais comum nos homens.
- Se localiza também no reto de quem pratica relação anal.
* Não desaparece sem tratamento adequado.
* Aumentam as chances de se contaminar com o vírus da AIDS.
CONDILOMA AGUMINADO
ConceitoInfecção causada por um grupo de vírus (HPV - Human Papilloma Viruses) que determinam lesões papilares (elevações da pele) as quais, ao se fundirem, formam massas vegetantes com o aspecto de couve-flor (verrugas). Os locais mais comuns do aparecimento destas lesões são a glande, o prepúcio e o meato uretral no homem e a vulva, o períneo, a vagina e o colo do útero na mulher. Em ambos os sexos podem ocorrer no ânus e reto, não necessariamente relacionado com o coito anal. Com alguma freqüência a lesão é pequena, de difícil visualização à vista desarmada, mas na grande maioria das vezes a infecção é assintomática ou inaparente.).
Sintomas
- Verrugas não dolosas, isoladas ou agrupadas.
- Verrugas nos órgãos sexuais e no reto que não desaparecem.
- Ardência ou irritação na região dos órgãos sexuais.
- As verrugas começam a crescer e a se espalhar, parecendo uma couve-flor.
- Crescem mais rapidamente durante a gravidez e em pacientes com imunidade deprimida.
-A falta de tratamento adequado pode predispor ao câncer do colo uterino ou do pênis.
* Pode transmitir ao parceiro sexual.
* Uma mãe pode passar para o filho durante o parto.
* Podem produzir condições que muitas vezes têm possibilidade de resultar em câncer.
OBS – Algumas pessoas podem estar infectadas e não apresentar as verrugas.
SÍFILIS
ConceitoDoença infecto-contagiosa sistêmica (acomete todo o organismo), que evolui de forma crônica (lenta) e que tem períodos de acutização (manifesta-se agudamente) e períodos de latência (sem manifestações). Pode comprometer múltiplos órgãos (pele, olhos, ossos, sistema cardiovascular, sistema nervoso). De acordo com algumas características de sua evolução a sífilis divide-se em Primária, Secundária, Latente e Terciária. Quando transmitida da mãe para o feto é chamada de Sífilis Congênita. O importante a ser considerado aqui é a sua lesão primária, também chamada de cancro de inoculação (cancro duro), que é a porta de entrada do agente no organismo do paciente. Trata-se de uma lesão ulcerada (cancro) não dolorosa (ou pouco dolorosa), em geral única, com a base endurecida, lisa, brilhante, com presença de secreção serosa (líquida, transparente) escassa e que pode ocorrer nos grandes lábios, vagina, clítoris, períneo e colo do útero na mulher e na glande e prepúcio no homem, mas que pode também ser encontrados nos dedos, lábios, mamilos e conjuntivas.
Sintomas
- Uma ferida ou ulceração de cor avermelhada-café, na boca ou nos órgãos sexuais, que não é dolorosa e não tem pus.
- A ulceração dura um a cinco semanas. Ela desaparece porem a sífilis permanece.
- 06 semanas a 06 meses depois da ulceração os sintomas aparecem.
- Há queda de cabelo, pode haver febre baixa e indisposição.
* O cérebro ou coração podes ser afetados, alem de causar cegueira ou até a morte.
* Uma mãe que tem sífilis pode contaminar seu bebê durante o parto, levando a sérios problemas e até a morte.
* A doença continua no sangue.

Sífilis Primaria – 1ª Fase
- ferida incolor nos órgãos genitais, acompanhada de íngua na virilha.
- Os sintomas surgem de 01 a 12 semanas após o contagio.
- Pessoas infectadas podem não apresentar sintomas.

Sífilis Secundaria – 2ª fase
- Manchas no corpo, principalmente nas palmas das mãos e plantes dos pés.
- Os sintomas surgem até meses após o contagio.
- Não coçam, mas podem surgir ínguas no corpo.

Sífilis Terciária – 3ª fase
- Ocorrem vários anos após o contagio.
- Podem ser afetados: pele, coração, ossos e cérebro, podendo levar a morte.

- Sífilis Congênita
Transmitida ao bebê durante a gravidez, o bebê pode morrer (aborto ou parto prematuro) ou nascer com defeito físico.

HERPES GENITAL
São ardências e vermelhidão seguidas de pequenas bolhas agrupadas que rompem e formam feridas dolorosas nos órgãos genitais.
As feridas podem durar de um a três semanas e desaparecem, mesmo sem tratamento.
Mesmo após o desaparecimento das feridas, a pessoa continua infectada.
AIDS – Síndrome de Imunodeficiência Adquirida
Estudos de vários países têm demonstrado a crescente ocorrência de AIDS entre os adolescentes, sendo que, atualmente as taxas de novas infecções são maiores entre a população jovem. Quase metade dos novos casos de AIDS ocorre entre os jovens com idade entre 15 e 24 anos. Considerando que a maioria dos doentes está na faixa dos 20 anos, conclui-se que a grande parte das infecções aconteceu no período da adolescência, uma vez que a doença pode ficar por longo tempo assintomática. É a doença infecciosa que mais mata no mundo. Desde que foi reconhecida pelo CDC (sigla em inglês para Centro para o Controle de Doenças), de Atlanta, EUA, em 1981, a AIDS se espalhou rapidamente, sendo considerada uma epidemia mundial já no final da década de 1980. Hoje, de acordo com dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), 40 milhões de pessoas possuem a enfermidade
No Brasil, já foram notificados mais de 215 mil casos, principalmente nas regiões Sudeste e Sul.
A AIDS não tem cura e já matou cerca de 20 milhões de pessoas desde o início da epidemia.
Ela NÃO é transmitida por: Suor, beijo no rosto, aperto de mão ou abraço, sabonete ou toalha, talheres ou copos, picadas de inseto, assento de ônibus, piscina, banheiro, pelo ar.
Como se pega o vírus da AIDS?- Fazendo sexo oral ou anal sem camisinha, com alguém infectado (homem com mulher, homem com homem ou mulher com mulher);
- Compartilhando agulhas e seringas com sangue contaminado pelo HIV. Esta é a forma mais direta de contrair os vírus da AIDS, mas na euforia de outras dragas, como o álcool, as pessoas podem se expor ao risco de fazer sexo sem o uso da camisinha; - Da mãe para o filho, durante a gravidez, no parto ou na amamentação; - Através de transfusões de sangue contaminado pelo HIV. Outras formas menos freqüentes de transmissão, se dá através de materiais pérfuro-cortantes, contaminados pelo HIV, utilizados na aplicação de tatuagens, injeções, nos serviços de manicure e barbeiro, instrumentos odontológicos e cirúrgicos.
Como evitar a AIDS?
- Usando camisinha em qualquer tipo de relação sexual (anal vaginal e oral);
- Não compartilhando agulhas ou seringas;
- Só recebendo transfusão de sangue quando for testado;
- Evitando contatos com objetos pérfuro-cortantes não esterilizados.
GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA
Eu, Grávida? Era uma vez um bebê que nasceu todo sorridente, manhoso, faminto... A família estava em êxtase, era à garotinha mais linda que já tinham visto!
Encheram-na de mimos, procuraram sempre o melhor para ela, embora muitas vezes ela não concordasse que isso fosse realmente o melhor! Tinham sonhos para essa garotinha, viam-a cheia de glórias, famosa, bem sucedida, de dar orgulho para a família e inveja para os vizinhos. A garotinha cresceu, foi à escola e conheceu outras garotinhas e garotinhos. Aprenderam muitas coisas, umas boas, outras ruins.
Entrou naquela fase em que as garotinhas se tornam mulheres, mas então algo inesperado (ou esperado) acontece, muda a sua vida e a faz balançar sobre os eixos.
Para a família foi um choque, algo que nunca foi planejado e muito menos sonhado. Mas que agora faz parte da sua realidade.
A garotinha está confusa, cheia de amor, ódio, alegria, tristeza, sonhos e pesadelos, estão perdidas em seus próprios pensamentos e ações.
O que me levou até aqui?
Será que eu quis isso?
Foi força do destino ou um descuido meu?
O que é que eu faço agora?
* E uma história para que os adolescentes reflitam na responsabilidade que é a gravidez. Gravidez - Segundo os dados do IBGE, desde 1980 o número de adolescentes entre 15 e 19 anos grávidas aumentou 15%. Só para ter idéia do que isso significa, são cerca de 700 mil meninas se tornando mães a cada ano no Brasil. Desse total, 1,3% são partos realizados em garotas de 10 a 14 anos. A gravidez ocorre geralmente entre a primeira e a quinta relação sendo o parto normal a principal causa de internação de brasileiras entre 10 e 14 anos.Entre 1993 e 1999 houve aumento de aproximadamente 30% do número de partos feitos no SUS em adolescentes mais jovens, entre 10 a 14 anos. Aproximadamente 17% dos homens entre 15 e 24 anos, segundo uma pesquisa feita em alguns Estados brasileiros, em 1996, já engravidaram alguma parceira. As principais causas da gravidez são: o desconhecimento de métodos anticoncepcionais, a educação dada a adolescente faz com que ela não queira assumir que tem uma vida sexual ativa e por isso não usa métodos ou usa outros de baixa eficiência (coito interrompido, tabelinha) porque esses não deixam "rastros".O uso de drogas e bebidas alcoólicas comprometem a contracepção, além das que engravidam para casar-se. A adolescente tem problemas emocionais devido à mudança rápida em seu corpo ou, como ela esconde a gravidez, o atendimento pré-natal não é adequado. Podem ocorrer problemas como aborto ou dificuldade na amamentação.
ALGUMAS VANTAGENS DA CAMISINHA
- Não precisa de receita ou exame médico.
- não apresentam efeitos colaterais.
- são relativamente baratas.
Ajudam a proteger contra as DST e a gravidez.
- Podem ajudar a prevenir o câncer de colo do útero.
- Podem ser incorporadas às atividades sexuais como elemento erótico.
Como usar a camisinha corretamente:
1 – Coloque a camisinha antes de qualquer penetração, apertando-a na ponta, para retirar o ar e ela não se romper.
2 – Desenrole a camisinha até a base do pênis, tomando cuidado para não rasgá-la acidentalmente.
3 –  Não use vaselina ou lubrificantes oleosos ou químicos. Se necessário, use um creme a base de água.
4 –  Retire a camisinha com cuidado, quando o pênis ainda estiver ereto, para evitar que os espermas escorram pelos lados.
Atenção: Jamais reutilize uma camisinha! Ao terminar qualquer ato sexual (oral, anal ou vaginal), jogue-a no lixo imediatamente.
O ABORTO
Aborto ou complicações no parto são a 5ª causa de mortes entre adolescentes ou 6% do total de óbitos entre jovens.
A cada dia, cerca de 140 meninas têm a gravidez interrompida A cada hora, seis adolescentes entram em processo de aborto. A cada 17 minutos, uma jovem se torna mãe no Brasil.
O aborto é uma situação de risco. Intervir neste processo e prevenir suas conseqüências é um grande desafio para todos aqueles que trabalham com jovens. Por isso mesmo, os métodos preventivos precisam ser discutidos com mais profundidade. É preciso incentivar programas que associem o aborto ao uso da camisinha e aos riscos de contaminação das DST/AIDS.
No Brasil, o aborto é permitido desde 1940 no caso de risco à vida da mãe ou para terminar uma gravidez resultante de um estupro. No entanto, apesar de previsto no Código Penal, o aborto era interditado em hospitais públicos. Somente em agosto de 1997, foi aprovado o projeto de lei, com 24 votos contra 23, que obrigou os médicos de hospitais públicos a realizarem os abortos autorizados pelo Estado.
O Código Penal especifica que, se uma mulher grávida provocar um aborto, ela é sujeita a uma sentença de um a três anos de detenção. Já o aborto realizado em uma mulher sem o seu consentimento acarreta em punição de 3 a 10 anos de prisão.
DROGAS
Os jovens podem se envolver em furtos, roubos, tráfico de drogas ou prostituição como meio de adquirir dinheiro para manutenção de seu vício. Além disso, há uma diminuição do aproveitamento escolar, da capacidade de manter o emprego e de dirigir veículos motorizados. Nos usuários crônicos de maconha é comum uma síndrome de desmotivação na qual o adolescente perde o interesse em atividades apropriadas para a idade.
Como pais e amigos podem reconhecer um usuário de drogas e ajudá-lo?
Alterações no comportamento do adolescente, agressividade, irritabilidade e queda no rendimento escolar são os primeiros sinais do uso abusivo de drogas. Também pode ocorrer:
· acidentes freqüentes;
· episódios de doenças mal definidas, apresentando tosse, rinite e falta de ar;
· dores abdominais e náuseas;
· alterações do sono e apetite, levando a emagrecimento;
· mudança no grupo de amigos;
· manifestação de opiniões extremas quando o assunto é drogas;
· cultura do uso de drogas, como o uso de camisetas, adesivos, músicas;
· aumento do tempo recluso dentro do próprio quarto;
· desaparecimento de objetos pessoais e da casa;
-                      Cartelas de anticoncepcionais
-                      Retro-progetor
-                      Transparências

8 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
ABRÃO, Humberto. Doenças sexualmente transmissíveis: saiba evita-las; ilustrações, Virgílio Veloso. Belo Horizonte: Ed. Lê, 1988.
COSTA, Moacir. Sexualidade na adolescência: Dilemas e Crescimento. Porto Alegre: ed. L&M, 1986.
SEDUC, Secretaria Estadual de Educação de Rondônia. O que precisamos saber sobre DST, 2001.
SEDUC, Secretaria Estadual de Educação de Rondônia.Um Guia para a Família, 1999.
PCN,s, Parâmetro Curriculares Nacionais.
SUPLICY, Marta. Et al. Sexo seguro se aprende na escola. São Paulo: ed. Olho d’agua, 1995.
1999.



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